segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

DESPEDIDA


A despedida  nunca é  agradável, embora seja,  quase sempre,  inevitável. Ao longo de nossas vidas as emoções vão se repetindo, seja numa comemoração festiva, seja num momento de tristeza e aflição; queremos estar com quem amamos, compartilhando  nossos sentimentos. Aprendemos a amar as pessoas, passamos a fazer parte de suas vidas, e elas das nossas. Nossos corações se unem. As recordações afloram em nossas mentes. E continuam indeléveis por muito tempo. Chega o momento de dizer adeus... Então, sentimos como que um nó na garganta, nos sufocando e nos dando vontade de chorar e gritar, clamando pela misericórdia divina.

 

Como é difícil suportar a morte ou a separação  dos nossos entes queridos; a separação irreparável de um grande amigo, ou de um grande amor!  Como nos custa entender, suportar e aceitar a fatalidade como sendo a vontade de Deus! Ainda que tenhamos a compreensão da vontade soberana de Deus, esses são momentos em que nossos pensamentos se confundem, afloram nossas emoções e indagações. Pior ainda quando se trata de uma despedida irreversível, como no caso de morte.

 

A perda deveria  servir de incentivo à melhoria da fraternidade humana. Ainda mais quando a separação nos sobrecarrega de trabalho e responsabilidades. Assim como  fomos alvos de confiança da parte daquele que se foi, precisamos começar a trabalhar com outros que um dia nos sucederão. O certo é que o nosso Deus  haverá de providenciar alguém para caminhar ao nosso lado e suprir o vazio  deixado. Ainda que este vazio seja provocado pela morte, o  nosso Deus  não morre. É certo que sentimo-nos abençoados e honrados com a companhia, o estímulo e o exemplo dos bons amigos. As  boas recordações haverão de  se perpetuar. Então,  precisamos nos esforçar para desfrutar o máximo das companhias preciosas que temos enquanto aqui na terra. Sabemos que uma das coisas mais valiosas da vida cristã é, exatamente,  esse companheirismo entre  os filhos do Pai  celeste. Por isso, não podemos nos descuidar da preservação das amizades. As sucessivas despedidas de amigos e irmãos, pais e filhos, seja por um motivo ou outro elas sempre despedaçam o nosso coração.

 

A ausência de um amigo que se foi deve nos  proporcionar o desafio de fazer novas amizades. Precisamos encontrar outro amigo e companheiro de jornada para suprir  aquela perda. A perda deveria  servir de incentivo à melhoria da fraternidade humana. Ainda mais quando a separação nos sobrecarrega de trabalho e responsabilidades.  Assim como  fomos alvos de confiança da parte daquele que se foi, precisamos começar a trabalhar com outros que um dia nos sucederão. As sucessivas despedidas de amigos e irmãos, seja por um motivo ou outro... As despedidas despedaçam o coração. Neste mundo sempre haverá separação, despedidas. Porém, no céu, nunca mais!

Nunca mais fome![1]

Nunca mais lágrimas e morte![2]

Nunca mais  o pecado vai  incomodar-nos.[3] Nunca mais!

O Senhor Jesus enxugará  os olhos de todos quantos receberam pela fé a remissão de seus pecados, pelo sangue do Cordeiro. Amém.

 

 Vanderlei Faria


 



[1] Ap.22.3
[2] Ap.7.16-17
[3] Ap.21.8,27; 22.15

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