quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

NATAL, TEMPO DE ADORAÇÃO


 O Natal de Jesus nos faz pensar  e dizer como os  salmistas (Sl 9.1-2; Sl 100.1-5).  Natal de gratidão, louvor, adoração e exaltação à majestade celestial...

E o apóstolo Paulo nos conclama a viver  com  este profundo sentimento de gratidão e adoração ao Senhor,  alegrando-nos  nEle por tudo, e em tudo:  "Quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor. A mim, não me desgosta e é segurança para vós outros que eu escreva as mesmas coisas... Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos" (Fl 3.1; 4.4). 

Ao longo dos séculos, em circunstâncias as mais diversas, o povo de Deus tem expressado sua fé e esperança através dos cânticos de louvor e adoração. Os exemplos bíblicos são tantos que  não podemos  sequer  mencionar a todos. Porém, voltemos ao texto em apreço:  As circunstâncias religiosas, espirituais, também eram desfavoráveis para cultuar, adorar, conforme a compreensão vigente. Os judeus só admitiam haver um lugar de culto, de adoração: no templo em Jerusalém. Os pastores estavam no campo, distantes, portanto, do local consagrado  para a adoração ao Deus vivo, verdadeiro. Não podiam dizer: "Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor!"

No campo, longe dos escribas, dos sacerdotes divinos, dos mensageiros do Deus Altíssimo, sem o texto  sagrado. Não, não havia motivações estimulantes, favoráveis, para se cultuar, adorar, vibrar:  "Então, de repente, apareceu junto ao anjo grande multidão da  milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus  nas maiores  alturas e paz na terra entre os homens de boa vontade" (Lc 2.13-14).

Quais seriam nossas reações em tais circunstâncias? Em meio às crises e decepções, os filhos de Deus cantavam e proclamavam sua fé. E  o Senhor Jesus era adorado com profunda reverência e sinceridade. Deus era exaltado, e a fé divulgada de maneira bonita, atraente e convincente. É preciso que se diga o que se crê quando se canta, e que cantemos  de maneira tal que  o nosso canto evidencie, com clareza absoluta, a nossa fé. Não podemos jamais nos esquecer que o  povo de Deus sempre cantou aquilo que sentia, ou melhor, aquilo que representava o sentimento vivido na época aos pés de Cristo, aliado às suas convicções doutrinárias.

Jesus Cristo nasceu, glória a Deus nas maiores alturas, porque nós também podemos dizer: Não importam as circunstâncias, louvaremos ao Senhor!

As circunstâncias sentimentais também eram desfavoráveis e desalentadoras. Os pastores de Belém de Judá eram  homens solitários, sofridos. Viviam distantes dos amigos mais achegados, mais íntimos. Longe da família, do aconchego do lar. Não tinham com quem compartilhar suas emoções, sentimentos, frustrações, esperanças, temores e  rancores. Era noite.

Que noite aquela! Não havia companheirismo, festa, comida nem bebidas. Apenas o vento gélido e o balido das ovelhas do campo. Desconforto físico e emocional. Não havia razão para sorrir, cantar e regozijar-se. Lágrimas e nada mais. Eles estavam  longe do convívio social e cultural, longe do calor humano. Mas eis que "a glória do Senhor os cercou de resplendor". Então ouviram as "novas de grande alegria": Nasceu  o Redentor! Jesus chegou! O céu se abriu. É Natal!  A  tristeza e o abandono dá lugar ao louvor e adoração: Nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor!!

Natal de pés descalços, rostos macilentos, tristes, cansados e sobrecarregados, transformou-se em momento de grande júbilo, porque Jesus nasceu. Grande alegria  inundou os corações! Aleluia!

Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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