Uma das mais preciosas lições que Deus nos proporciona com os sofrimentos é nos fazer colocar a boca no pó; com profunda humildade e dependência da graça de Deus. O problema é que muito freqüentemente o sucesso “espiritual” (talvez melhor seria dizer religioso em lugar de espiritual), o êxito nas realizações pessoais, nos fazem ficar soberbos e sutilmente prepotentes de nossa pretensa familiaridade com Deus e os Seus poderes.
Ora, isto, naturalmente, é um contra-censo, porque quanto mais íntimos do Senhor mais conscientes nos tornamos de nossa insignificância e nulidade diante de Sua majestade e glória, como Isaías ao se aproximar da majestade divina (Is 6.1-8). Na verdade, não se pode considerar espiritualidade, de fato, se há soberba religiosa em nosso coração, ainda que imperceptível a nós mesmos. Mas Deus, que vê o coração, nos dá o livramento dessa praga proporcionando o sofrimento, como ocorreu com Paulo, segundo sua própria interpretação dos fatos em Segunda Aos Coríntios, 12.1-10.
É possível até mesmo que, pelo fato de estarmos exercendo um tipo de atividade profissional, ou ministerial, produtiva, vitoriosa, ou sacrificial, quando o nome do Senhor é glorificado devido exatamente a nossa atuação como servos de Deus; por tudo isto, nos achemos de fato dignos de toda honra e louvor da parte daqueles a quem ministramos ou servimos.
A glória que é devida unicamente ao Senhor da glória. Ele não divide a Sua glória. E quando nos esquecemos disso, até mesmo com uma falsa humildade, o Senhor nos visita com o fogo da aflição e sofrimento. Então algumas as aflições e o sofrimento nos atingem antes mesmos que venhamos a cair no pecado da soberba, como no caso mencionado acima sobre o apóstolo Paulo.
Assim como o Senhor fez com o apóstolo (2Co 12.1-10), ele também nos proporciona a bênção do sofrimento, para nos esvaziar de nós mesmos, e nos encher do Espírito Santo.
Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
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