sexta-feira, 12 de novembro de 2010

AS MARCAS DO AMOR

Quando as marcas ainda estão tão presentes, quando as lágrimas persistem, mesmo que se esforce tanto para repeli-las, gostaria de ser ou ter algo significativo, relevante e consolador para comunicar. Mas, infelizmente, faltam-me palavras!

Espero que um dia tenhamos condições de olhar pra traz lembrando-nos, saudosos, porém alegres de tudo de bom que foi realizado por aquela saudosa pessoa enquanto esteve conosco. Porém, esta lembrança, aumenta a nossa responsabilidade. Principalmente quando nos lembramos de que todos nós somos marcadores de vidas, construtores de pontes! Não podemos nos esquecer disso, jamais. Seja para o bem ou para o mal.

Se você também está passando por experiência semelhante, creia, Deus há de confortá-lo e enxugar suas lágrimas, mesmo ainda nesta vida! E quando eu for também, espero deixar na memória das pessoas mais queridas algumas boas e saudosas marcas, apesar das más, as quais não posso apagar. E que possamos voltar a sorrir ainda um dia, todos nós! Sorrir não significa banalizar o que se viveu, ou o que se esteja sentindo. Mas, sim, uma olhada em outra direção. Você não concorda que algumas vezes estamos chorando, mas, de repente uma criança passa, dá-nos um adeusinho, abrindo aquele sorriso desdentado mais lindo do mundo... Então, enxugamos as lágrimas e sorrimos de volta, compartilhamos com ela, pelo menos naquele momento, a sua alegria.

Jesus disse que veio trazer vida abundante (Jo 10.10).
Como o Senhor não se contradiz, visto que Ele fala que no mundo teremos aflições; como conciliar esses dois conceitos, aparentemente contraditórios? Uma coisa não exclui a outra. Ter a vida abundante que Jesus prometeu não impede que passemos por tribulações. Jesus não disse que teríamos a vida abundante em toda a sua plenitude aqui na terra – o que só ocorrerá no céu, onde não haverá a contaminação do pecado. Ele não disse, mas a própria realidade nos dá o entendimento de que o sofrimento é um componente importante e indispensável para podermos experimentar e valorizar a verdadeira e suprema alegria e felicidade.

Talvez você rejeite com desdém e ironia tais considerações; prefira ser apanhado de surpresa e de repente se veja diante do trono de Deus. Sem jamais se preocupar com esta possibilidade. Se esta é a sua atitude, lamento por sua alma! Entretanto, quero encorajá-lo e desafiá-lo a pensar com mais intensidade e seriedade neste assunto. Pois isto pode fazer toda a diferença tanto em sua forma de viver quanto em sua postura diante da morte. Pense nisto!

Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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