domingo, 28 de novembro de 2010

A GUERRA DEFENSIVA

Considerando os últimos fatos ocorridos no Rio de Janeiro, vou interromper a sequência de mensagens que estava apresentando para refletir com os amados irmãos e amigos internautas em três mensagens a respeito da nossa guerra neste mundo.

No meu entendimento há pelo menos três tipos de Guerras Espirituais: A Guerra Defensiva, a Guerra Ofensiva e a Guerra Pela Defesa da Fé Cristã, a qual precisa ser preventiva, defensiva, ofensiva, efetiva, repressiva e constante. Tudo isso, é claro, no sentido espiritual. Daí porque precisamos estar atentos ao fato de que participamos de uma intensa e constante guerra espiritual. O que é muito mais intensa e significativa do que uma mera onda de violência social como a que está ocorrendo em nossos dias no Rio de Janeiro ou em outras cidades de nosso país. Portanto, quero convidá-lo a considerar comigo sobre esses três tipos de guerras em que estamos expostos, começando com a Guerra Defensiva, ou, como alguns costumam dizer, Guerra Preventiva.

Pelo que temos lido e ouvido, “Guerra Preventiva”, seria mais ou menos como matar ou atacar um inimigo em legitima defesa. Seja da honra, seja pela integridade física ou moral, pessoal ou de uma comunidade. Ou seja, na iminência de sermos atacados, antecipamos o ataque, para surpreender e derrotar o inimigo. No sentido negativo temos o exemplo do que ocorreu quando os EUA, no governo do Presidente Buch, e Inglaterra atacaram o Iraque. Para se prevenir e banir qualquer possibilidade de serem atacados com as terríveis e catastróficas armas químicas, estes países invadiram o Iraque, afirmando que tinham provas conclusivas de que aquele país possuía um grande estoque de tais armas. Fato que jamais foi comprovado até então. Negativa, do meu ponto de vista, por ser uma atitude absolutamente egocêntrica, pecaminosa e destrutiva.

No Novo Testamento temos um exemplo desse tipo de atitude (Mateus 14.1-12). Herodes e Herodias estavam vivendo em pecado de concubinato. João Batista havia exortado ao rei Herodes no sentido de que abandonasse o pecado. Declarando, assim, guerra ao pecado de ambos. Herodes e Herodias entenderam que ele se apresentava como uma ameaça à “paz” e à felicidade do casal. E, antes que o “mal” se propagasse, que sua reputação social e política se despencasse, então, que o “inimigo” fosse abatido, preventivamente. Ou seja, é a atitude agressiva empregada por alguns religiosos quando ameaçados em virtude de seus pecados ocultos.

Quantas vezes nos rebelamos contra irmãos que nos ofendem e nos agridem com palavras e atitudes! Nesses casos, quase sempre, nos julgamos inocentes e ofendidos. Porém, dificilmente paramos para considerar que Deus pode estar usando um Natan, ou mesmo um Simei, para despertar a nossa consciência pecaminosa. E nisto Davi é um exemplo fantástico. Tanto no caso de Natan (2 Sm 12.1-15), como quando Simei o atacou covardemente (2 Sm 16.5-8). Quando muitos servos de Davi queriam matar, preventiva e repressivamente ao agressor Simei, Davi soube reconhecer que ele era um instrumento nas mãos de Deus para corrigi-lo (2 Sm 16.9-14). É claro que isto não justifica a atitude ranzinza, agressiva e arrogante da parte daqueles que se julgam donos da igreja do Senhor.

Porém, quero enfatizar a necessidade de reflexão e humildade da parte do homem de Deus, no sentido de se repensar os motivos que temos dado para revoltas e amargura entre o povo de Deus. Cumpri-nos o dever de nos submeter constantemente a uma autoavaliação. Ou a uma avaliação da parte daqueles a quem ministramos a Palavra de Deus. E isto não é fácil. Requer maturidade espiritual e uma acentuada dose de humildade. Entretanto, quando isso é observado, muitas dúvidas pessoais e muita amargura são superadas no exercício da obra do Senhor. Como líderes do povo de Deus, não podemos perder de vista a nossa condição de servos do Senhor.

A vida cristã é uma luta constante contra as hostes infernais. Os Simeis estão em toda parte. Não pense que você está sozinho, que o Simei que o persegue é único e invencível. A nossa vitória sobre o poder das trevas já nos foi assegurada, “Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo” (I Co 15.57). Este, sim, é INVENCÍVEL! Não precisamos nos arrastar por essa vida como homens naturais. Podemos ser homens e mulheres ESPECIAIS, pois nossas vidas, nosso tempo, nossos dias, estão nas mãos do Senhor da obra. Portanto, ainda que os Simeis da vida sejam cruéis e amedrontadores, confie no seu Senhor. “Sua fé Jesus contemplará; Sim, o que Jesus promete, dá. Ele vê o coração e responde a petição; sua fé Jesus contemplará” (Hino nº 160 C.C.). Continue caminhando. Não se dê por vencido, derrotado, destruído!

Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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