sábado, 20 de novembro de 2010

COMO PEDIR PERDÃO

Para você que sente profundamente a tristeza e vergonha por causa dos seus pecados, pense no que diz a Palavra de Deus. Não entregue os pontos! Não desista da luta! Você perdeu apenas mais uma batalha, mas ainda está na guerra. Aleluia! Regozije-se por isso!

Talvez tenha sido desgastante e revoltante saber e sentir que você não tomou os devidos cuidados, que voltou a deixar-se abater justamente quando desejava vencer, quando havia feito votos de servir a Deus com mais fervor e dedicação, renovando seu compromisso com o Senhor... Talvez, ainda, porque você se acha responsável tanto pelo que já aprendeu como pelo que já ensinou na área da tentação. Agora você se vê derrotado, humilhado e infeliz... Pare de se maldizer. Diga ao Senhor que você ainda confia no Seu amor e ainda crê em Suas promessas.[1]

Não se dê por vencido! Você caiu, mas não ficará prostrado, em nome de Jesus estará em pé outra vez, e pronto para voltar à peleja santa! Agora, certamente com mais experiência, maturidade e precauções. Mas não desista da luta, porque a vitória já nos está assegurada em Cristo Jesus. Mande parar a contagem regressiva, você está de pé outra vez! Ainda que nem mesmo você esteja satisfeito com seu rendimento, sua performance, vai à luta outra vez!
Considere comigo as seguintes lições fundamentais para vencermos o pecado e as tentações:

Confesse a Deus os seus pecados, suplicando-Lhe o Seu perdão

Precisamos começar com um desabafo com quem tem condições de ir ao fundo do nosso coração: “A tua vontade é ver a verdade no coração do homem; por favor ajuda-me a conseguir tua sabedoria no meu coração; ensina-me em particular. Limpa-me e ficarei puro de verdade... Cria em mim ó Deus, um coração puro. Coloca dentro de mim pensamentos e desejos limpos e sinceros...” (Sl 51:6,7,10 – B.V). Só quando há um desabafo dessa forma, com quem realmente pode fazer a diferença, é que vai começar o processo purificador, a restauração. E isso não acontece como um passe de mágica, apenas entregando-se aos cuidados de terceiros. É preciso que você mesmo ouse tratar diretamente com o Advogado por excelência: “Meus filhinhos, estou lhes dizendo isto a fim de que vocês fiquem longe do pecado. Mas se vocês pecarem, existe alguém para rogar por vocês diante do pai. O nome dele é Jesus Cristo” (I Jo 2:1 – B.V).

“Quando, pois, você tiver considerado todos os seus pecados, coloque-se diante do tribunal de Deus como um criminoso qualquer ou como um réu de crime capital se defronta com um juiz terreno. Então, com pesar e tristeza de coração, confesse a Deus todos os pecados de que você tem conhecimento e que maculam a sua vida, principalmente os mais graves, que mais ofendem a Deus. Exponha-os abertamente, declarando todas as circunstâncias de tempo, lugar e meios e modos pelos quais eles foram cometidos. Não procure abrandá-los, mas, ao contrário, mostre francamente a hediondez dos seus pecados e a real contrição do seu coração por tê-los praticado... Tendo assim acusado e condenado a si mesmo, lance-se diante do estrado do trono da graça de Deus (Hb 4.16). Clame a Ele por misericórdia e perdão, mas que o faça com coração penitente e cheio de fé; clame ansiosa e fervorosamente, como jamais um malfeitor, quanto você saiba, clamou por clemência ao juiz, depois de receber a sentença de condenação. Prometa que, com a assistência de Sua graça, nunca mais vai cometer esses pecados ou outros parecidos”.[2]

Lembre-se, você ainda é alvo do amor do Pai!

Apesar de você e de seus fracassos, Ele ainda o ama. Não por causa de você. Mas porque Ele é fiel. Isso não nos dá o direito de nos contentar em VIVER NO PECADO. Mas porque “O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia; e conhece os que nele confiam” (Naum, 1.7). É bom lembrar que o próprio sentimento de mal estar em face ao pecado, demonstra-nos algumas verdades consoladoras:
· Prova o amor de Deus revelado em Sua Palavra:[3]
· Esse sentimento comprova que somos filhos de Deus:[4]
Mostra-nos que o pecado, realmente, não faz parte de nossa natureza, não nos agrada. Por isso sentimo-nos mal e desajustados[5].

Volte-se confiantemente para o Senhor Jesus

Voltar é preciso, recomeçar, porém, é indispensável! Não pense, porém, que isso é fácil, que o pecado é algo normal, ou sem muita importância. É preciso que você saiba que feriu o coração de Deus, entristeceu o Espírito Santo e desprezou e traiu o Senhor Jesus. E isso é algo tremendamente sério. É preciso reconhecer a profundidade da situação. Não apenas buscar o refrigério para a sua culpa, para sair da depressão. Mas, principalmente, porque o Senhor foi desonrado e ferido por sua causa. Se você já comprometeu seu passado honrado, não comprometa também seu futuro. É tempo de construir seu futuro para que seja melhor que o passado. Lembre-se, ainda há tempo para acerto de contas, um reparar de arestas...
Se você ainda é um bem-aventurado que não experimentou o pecado na sua forma mais intensa como de um contato extraconjugal, ou coisa dessa ordem, procure tirar lições das amargas experiências dos que já passaram tais aflições. Ainda que no momento se tenha a ilusão do prazer imediato, ou do gozo fora do comum, o preço é tão alto que não vale a pena arriscar a bênção de uma consciência tranquila... Além do mais, o que você poderia “aproveitar” quando comparado com o custo e o saldo negativo em sua conta emocional no seu tempo de vida terrena, além de sua condenação eterna no inferno? Só os tolos acham que vale a pena arriscar.

Ainda há esperança pra você! Quando você voltar ainda vai persistir, por algum tempo, um sentimento de nojo dos seus próprios pecados: “Então, vos lembrareis dos vossos maus caminhos e dos vossos feitos que não foram bons; tereis nojo de vós mesmos por causa das vossas iniqüidades e das vossas abominações. Não é por amor de vós, fique bem entendido, que eu faço isto, diz o SENHOR Deus. Envergonhai-vos e confundi-vos por causa dos vossos caminhos, ó casa de Israel. Assim diz o SENHOR Deus: No dia em que eu vos purificar de todas as vossas iniquidades, então, farei que sejam habitadas as cidades e sejam edificados os lugares desertos” (Ez 36:31-33).


Oração de Confissão[6]

“Senhor, lamento e choro meus pecados; conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim” ( Sl 53.3). Oh, que miserável pecador eu sou, vazio da bondade por natureza, e cheio de maldade por costume pecaminoso! Oh, que mundo de pecados cometi contra Ti, enquanto em Tua longanimidade esperavas a minha conversão, e as Tuas bênçãos me convidam ao arrependimento! Contudo, ó meu Deus, visto que é próprio de ti dares mais atenção à bondade da tua natureza do que aos méritos dos pecadores, ouso achegar-me a Ti. Nesta confiança, rogo-Te que voltes o Teu rosto para não veres os meus pecados, e que apagues todas as minhas iniquidades. Não me lances fora da Tua presença, nem me retribuas segundo os meus merecimentos; pois, se me rejeitares, quem me receberá? Quem me socorrerá, se me abandonares? Quem me socorrerá, se me abandonares? Mas, Tu, ó Senhor, és o amparador dos desamparados, e em Ti o órfão encontra misericórdia (Os 14.3). Embora os meus pecados sejam excessivamente grandes, Tua misericórdia, ó Senhor, excede a todos eles. E eu nem conseguiria cometer tantos pecados que Tua graça não pudesse remir e perdoar. Lava-me, portanto, ó Cristo, dos meus pecados com a virtude do Teu precioso sangue, em especial os pecados que com coração penitente eu Te comnfessei. Em particular Te rogo que me perdoes (mencione aqui, explicitamente, o pecado que mais perturba a sua consciência).
Reconcilia-me uma vez mais, ó misericordioso Mediador, com Teu Pai. Sei que em em mim não há nada que possa agradar-Lhe, mas seu que em Ti, e por amor de Ti, Ele Se agrada de todos aqueles que Tu aceitas e amas.
Faço-Te, ó Pai, a minha súplica, pelo amor de Jesus Cristo, Teu Filho, e pelos méritos da morte redentora que Ele sofreu voluntariamente por todos os que nEle crêem. Amém.”


Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

[1] Mq 7.7-9; 18-19; Hb 10.14-17; I Jo 2.1-
[2] Lewis Bayly – A PRÁTICA DA PIEDADE, Pg. 356 – PES
[3] Hb 12.3-8
[4] Rm 8.14-15
[5] I Jo 3.2-3,9; Rm 6.1-2
[6] Lewis Bayly – A PRÁTICA DA PIEDADE, Pg. 358 – PES (Um excelente livro que recomendo para todos que desejam crescer na graça e no conhecimento de Deus).

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