“Está consumado”
7. Aqui vemos a
destruição do poder de Satanás.
Veja-o pela fé. A cruz foi o presságio de morte do poder
do diabo. Às aparências humanas parecia o momento de seu maior triunfo,
todavia, na realidade foi a hora de sua derrota definitiva. Em virtude da cruz
(vide contexto) o Salvador declarou, “Agora é o juízo deste mundo; agora será
expulso o príncipe deste mundo” (Jo 12.31). É verdade que Satanás não foi ainda
acorrentado e lançado no abismo, entretanto, a sentença foi dada (ainda que não
executada); seu fim é certo; e seu poder já está quebrado no que diz respeito
aos crentes. Para o cristão, o diabo é um inimigo vencido. Ele foi derrotado
por Cristo na cruz — “para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da
morte, isto é, o diabo” (Hb 2.14). Os crentes já foram tirados “da potestade
das trevas” e transportados para o reino do Filho do amor de Deus (Cl 1.13).
Satanás, então, deve ser tratado como um inimigo derrotado. Ele não mais tem
qualquer reivindicação legítima sobre nós. Outrora éramos seus “cativos” por
lei, mas Cristo nos livrou.
Outrora andávamos “segundo o príncipe das potestades do
ar”; mas agora temos de seguir o exemplo que Cristo nos deixou. Outrora Satanás
“operava em nós”; mas agora Deus é quem opera em nós tanto o querer quanto o
efetuar, segundo sua boa vontade. Tudo o que temos de fazer é “resistir ao
diabo”, e a promessa é que “ele fugirá de vós” (Tg 4.7).
“Está consumado”. Aqui estava a resposta triunfante à
cólera do homem e à inimizade de Satanás. Ela conta a perfeita obra que vai de
encontro ao pecado no lugar do julgamento. Tudo estava completado exatamente
como Deus queria tê-lo, como os profetas haviam predito, como o cerimonial do
Antigo Testamento prefigurava, como a santidade divina requeria, e como os
pecadores necessitavam. Quão contundentemente apropriado é que esse sexto brado
do Salvador na cruz seja encontrado no evangelho de João — o evangelho que
mostra a glória da deidade de Cristo! Ele aqui não encomenda sua obra à
aprovação divina, mas sela-a com o seu próprio imprimatur, atestando-a como
completa, e dando-lhe todassuficiente
sanção de sua própria aprovação. Nenhum outro além do Filho de Deus diz “ESTÁ
consumado” — quem pois ousa duvidar ou questionar?
“Está consumado”. Leitor, você crê nisso? ou está
tentando adicionar algo de si mesmo à obra completa de Cristo para assegurar o
favor de Deus? Tudo o que você tem que fazer é aceitar o perdão que ele adquiriu.
Deus está satisfeito com a obra de Cristo, por que você não está? Pecador, no
momento em que você crer no testemunho de Deus sobre seu Filho amado, nesse
momento todo pecado que você cometeu é apagado, e você fica em posição
aceitável em Cristo! Ó, não gostaria você de possuir a certeza de que não há
nada entre sua alma e Deus? Não gostaria você de saber que todo pecado foi
expiado e posto de lado? Então, creia no que a palavra de Deus acerca da morte
de Cristo. Não descanse em seus sentimentos e experiências, mas na palavra
escrita. Há apenas um caminho para se encontrar paz, e isso é mediante a fé no
sangue derramado do Cordeiro de Deus.
“Está consumado”. Você realmente crê nisso? Ou está se
esforçando para acrescentar algo seu mesmo a ele e assim merecer o favor
divino? Há alguns anos atrás, um fazendeiro cristão estava profundamente
preocupado com um carpinteiro não salvo. Ele procurou pôr diante de seu vizinho
o evangelho da graça de Deus, e explicar como que a obra completa de Cristo foi
suficiente para sua alma nela descansar. Porém, o carpinteiro persistia na
crença de que ele mesmo tem que fazer algo. Um dia, o fazendeiro pediu a esse
para lhe fazer um portão, e quando o portão estava pronto ele o transportou
para a sua carroça. Ele ordenou ao carpinteiro que o visitasse no dia seguinte
de manhã e visse o portão quando levantado no campo.
Na hora marcada o carpinteiro chegou e ficou surpreso ao
descobrir o fazendeiro lá perto com um afiado machado em sua mão. “O que você
vai fazer?”, ele perguntou. “Vou fazer alguns cortes e dar uns golpes em sua
obra”, foi a resposta. “Mas não há necessidade alguma disso”, respondeu o
carpinteiro, “o portão está todo certo assim. Fiz tudo que era necessário”. O
fazendeiro não prestou atenção a isso mas, erguendo seu machado, deu talhos e
cortes no portão até ficar completamente inutilizado. “Veja o que você fez!”,
gritou o carpinteiro. “Você arruinou meu trabalho!” “Sim”, disse o fazendeiro,
“e isso é exatamente o que você está tentando fazer. Você está procurando anular a obra completa
de Cristo com seus miseráveis acréscimos a ela!” Deus utilizou essa lição com o
vigoroso objeto para mostrar ao carpinteiro seu engano, e esse foi levado a se
lançar em fé sobre o que Cristo tem feito pelos pecadores. Leitor, você quer
fazer o mesmo?
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