6. A PALAVRA DE VITÓRIA
“E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado” (João 19.30).
NOSSOS DOIS ÚLTIMOS
ESTUDOS se ocuparam com a tragédia da cruz; porém, voltamo-nos agora para o seu
triunfo. Nestas palavras, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
ouvimos o brado de desolação do Salvador; em “Tenho sede”, escutamos seu clamor
de lamentação; agora, chega aos nossos ouvidos seu brado de júbilo — “Está
consumado”. Das palavras da vítima voltamo-nos agora às palavras do
conquistador. Um provérbio diz que toda nuvem tem seu interior prateado: deu-se
assim com a mais escura de todas as nuvens. A cruz de Cristo tem dois grandes
lados: ela mostrou a grande profundidade de sua humilhação, mas também
assinalou o objetivo da Encarnação, e mais, falou da consumação de sua missão,
e forma ela a base de nossa salvação.
“Está consumado”.
Os antigos gregos orgulhavam-se de serem capazes de dizer muita coisa falando
pouco — “dar um mar de assunto em uma gota de linguagem” era tido como a
perfeição em oratória. O que eles buscavam é encontrado aqui. “Está consumado”,
no original, é apenas uma palavra, todavia, nessa palavra está contido o
evangelho de Deus; nessa palavra está contido o fundamento da segurança do
crente; nessa palavra é descoberta a essência de todo gozo, bem como o próprio
espírito de toda consolação divina.
“Está consumado”.
Isso não foi o grito de desespero de um mártir desamparado; não foi uma expressão
de satisfação pelo término de seus sofrimentos haver então chegado; não foi o
último suspiro de uma vida que se findava. Não, antes foi a declaração da parte
do divino Redentor de que tudo pelo qual ele viera do céu à terra para fazer,
estava agora feito; que tudo que era necessário para revelar o completo caráter
de Deus agora se tinha concluído; que tudo que era requerido pela lei antes que
os pecadores pudessem ser salvos tinha agora sido realizado: que o preço da
nossa escravidão foi pago para a nossa redenção.
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
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