sábado, 27 de abril de 2013

OS SETE BRADOS DO SALVADOR SOBRE A CRUZ – ARTHUR W PINK (69)


 

“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”

 

5. Vemos aqui o lugar de segurança eterna.

Repetidas vezes o Salvador falou de um povo que lhe fora “dado” (Jo 6.37 etc.), e na hora de sua prisão ele disse: “Dos que me deste nenhum deles perdi” (Jo 18.9). Então, não é deleitoso ver que na hora da morte o bendito Salvador entrega-os agora à salvaguarda do Pai?

Na cruz, Cristo pendurado como o representante de seu povo e, por conseguinte, vemos seu último ato como um ato representativo. Quando o Senhor Jesus entregou seu espírito nas mãos de seu Pai, ele também apresentou nossos espíritos junto com o seu, para a aceitação do Pai.

Jesus Cristo nunca viveu nem morreu por si próprio, mas pelos crentes: o que ele fez em seu último ato reportava-se a eles tanto quanto a si mesmo. Devemos, pois, olhar Cristo aqui unindo juntamente todas as almas dos eleitos, e fazendo uma oferta solene delas, com seu próprio espírito, a Deus.

A mão do Pai é o lugar da segurança eterna. Naquela mão o Salvador encomendou seu povo, e ali eles estão para sempre seguros. Disse Cristo, referindo-se aos eleitos: “Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai” (Jo 10.29).

Aqui então está o fundamento da confiança do crente. Aqui está a base de nossa segurança. Assim como nada podia prejudicar Noé quando a mão de Jeová havia trancado a porta da arca, também nada pode tocar o espírito do santo pego pela mão de onipotência. Ninguém pode arrancá-los de lá. Fracos somos em nós mesmos, porém “guardados pelo poder de Deus”, é a declaração segura da escritura sagrada: “guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para salvação preparada para revelar-se no último tempo” (1Pd 1.5).

Os adeptos formais que parecem correr bem por um tempo podem ficar fatigados e abandonar a corrida. Aqueles que são movidos pela excitação carnal de um “encontro de reavivamento” aguentam somente por um tempo, pois “não têm raiz em si mesmos”.

Aqueles que confiam no poder de suas próprias vontades e resoluções, que abandonam maus hábitos e prometem agir melhor, amiúde fracassam, e seu último estado é pior que o primeiro. Muitos que são persuadidos pelos bem intencionados, mas ignorantes, aconselhadores para “juntar-se à igreja” e “viverem a vida cristã” com frequência apostatam da verdade. Mas todo espírito que nasceu de novo está eternamente a salvo na mão do Pai.

 

pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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