"tenho sede”
5. Vemos aqui como Cristo pode se solidarizar com seu povo
sofredor.
O problema do sofrimento sempre foi o que causou
perplexidade. Por que o sofrimento deve ser necessário em um mundo que é
governado por um Deus perfeito? Um Deus que não apenas tem poder para impedir o
mal, mas que é amor. Por que deve haver dor e desgraça, doença e morte? À
medida que olhamos o mundo e tomamos conhecimento de suas incontáveis pessoas que
sofrem, ficamos desconcertados. Esse mundo não é senão um vale de lágrimas. Uma
fina aparência de alegria raramente tem êxito em esconder os tristes fatos da
vida. Filosofar sobre o problema do sofrimento traz pouco
alívio. Após todos os nossos raciocínios, perguntamos, Deus vê?
Há conhecimento no Altíssimo? Ele realmente se importa? Como
todas as questões, essas devem ser levadas à cruz. Enquanto não acham elas uma
resposta completa, entretanto elas encontram sim aquela que satisfaz o coração
ansioso. Enquanto o problema do sofrimento não é plenamente resolvido aqui,
todavia a cruz lança sim luz suficiente sobre ele para aliviar a tensão. A cruz
mostra-nos que Deus não ignora nossas dores, pois na pessoa de seu Filho ele
mesmo “tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores” (Is 53.4,
ARA)!
A cruz nos mostra que Deus não está desatento às nossa tristeza e
angústia, pois, ao se encarnar, ele próprio sofreu! A cruz diz-nos que Deus não
é indiferente à dor, pois no Salvador ele a experimentou! Qual então o valor de tais fatos? Este: “Porque não temos um
sumo sacerdote que não pode compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que,
como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15). Nosso Redentor não é
alguém tão afastado de nós que seja incapaz de entrar, solidariamente, em
nossas tristezas, pois ele mesmo foi o “Homem de Dores”. Aqui então está o
conforto para o coração dorido.
Não importa quão desalentado possa estar você, não importa
quão escarpada a sua senda e triste o seu quinhão, você é convidado a pô-lo
todo diante do Senhor Jesus e lançar todo seu cuidado sobre ele, sabendo que
“tem cuidado de vós” (1Pd 5.7). O seu corpo está arruinado pela dor? Assim
estava o dele! Você é mal interpretado, julgado injustamente, deturpado? Assim
era ele! Aqueles que lhe são mais próximos e mais queridos deram às costas a
você? Fizeram isso com ele! Você está em trevas? Ele esteve assim por três
horas! “Pelo que convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser
misericordioso e fiel sumo sacerdote” (Hb 2.17).
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