terça-feira, 2 de abril de 2013

OS SETE BRADOS DO SALVADOR SOBRE A CRUZ – ARTHUR W PINK (45)









"tenho sede”
 

5. Vemos aqui como Cristo pode se solidarizar com seu povo sofredor.

 O problema do sofrimento sempre foi o que causou perplexidade. Por que o sofrimento deve ser necessário em um mundo que é governado por um Deus perfeito? Um Deus que não apenas tem poder para impedir o mal, mas que é amor. Por que deve haver dor e desgraça, doença e morte? À medida que olhamos o mundo e tomamos conhecimento de suas incontáveis pessoas que sofrem, ficamos desconcertados. Esse mundo não é senão um vale de lágrimas. Uma fina aparência de alegria raramente tem êxito em esconder os tristes fatos da vida. Filosofar sobre o problema do sofrimento traz    pouco alívio. Após todos os nossos raciocínios, perguntamos, Deus vê?       

Há conhecimento no Altíssimo? Ele realmente se importa? Como todas as questões, essas devem ser levadas à cruz. Enquanto não acham elas uma resposta completa, entretanto elas encontram sim aquela que satisfaz o coração ansioso. Enquanto o problema do sofrimento não é plenamente resolvido aqui, todavia a cruz lança sim luz suficiente sobre ele para aliviar a tensão. A cruz mostra-nos que Deus não ignora nossas dores, pois na pessoa de seu Filho ele mesmo “tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores” (Is 53.4, ARA)!
 
A cruz nos mostra que Deus não está desatento às nossa tristeza e angústia, pois, ao se encarnar, ele próprio sofreu! A cruz diz-nos que Deus não é indiferente à dor, pois no Salvador ele a experimentou!  Qual então o valor de tais fatos? Este: “Porque não temos um sumo sacerdote que não pode compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15). Nosso Redentor não é alguém tão afastado de nós que seja incapaz de entrar, solidariamente, em nossas tristezas, pois ele mesmo foi o “Homem de Dores”. Aqui então está o conforto para o coração dorido.

 Não importa quão desalentado possa estar você, não importa quão escarpada a sua senda e triste o seu quinhão, você é convidado a pô-lo todo diante do Senhor Jesus e lançar todo seu cuidado sobre ele, sabendo que “tem cuidado de vós” (1Pd 5.7). O seu corpo está arruinado pela dor? Assim estava o dele! Você é mal interpretado, julgado injustamente, deturpado? Assim era ele! Aqueles que lhe são mais próximos e mais queridos deram às costas a você? Fizeram isso com ele! Você está em trevas? Ele esteve assim por três horas! “Pelo que convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote” (Hb 2.17).

 

pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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