segunda-feira, 29 de abril de 2013

OS SETE BRADOS DO SALVADOR SOBRE A CRUZ – ARTHUR W PINK (71)


 

“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”

 

7. Vemos aqui o verdadeiro refúgio do coração.

Se a elocução final do Salvador expressa a oração dos cristãos às portas da morte, ela mostra que grande valor eles colocam em seus espíritos. O espírito interior é o tesouro precioso, e nossa principal solicitude e nosso maior cuidado é vê-lo guardado em mãos seguras. “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”.
 
Tais palavras então podem ser tomadas para expressar a atenção dada pelo crente à sua alma, para que ela possa estar segura, o que sempre acontece com o corpo. O santo de Deus que se aproxima da morte exercita poucos pensamentos acerca de seu corpo, onde ele será posto, ou como o disporão dele; ele confia-o às mãos de seus amigos.
 
Porém, como seu cuidado desde o começo é com sua alma, assim ele pensa então nela, e com seu último suspiro a entrega à custódia divina. Não é: “Senhor Jesus, receba meu corpo, cuide do meu pó”; mas: “Senhor Jesus, receba meu espírito” — Senhor, proteja a jóia quando o cofre estiver quebrado.

E agora uma breve palavra de apelo para concluir. Meu amigo, você está em um mundo que é cheio de problemas. Você não é capaz de cuidar de si mesmo em vida, muito menos o será na morte. A vida tem muitas provações e tentações. Sua alma é ameaçada dos dois lados. Em toda direção há perigos e armadilhas.
 
O mundo, a carne e o diabo entraram em combinação contra você. Aqui está então o farol de luz em meio às trevas. Aqui está o porto de abrigo em todas as tempestades. Aqui está o bendito pálio que protege de todos os dardos inflamados do maligno.
 
Graças a Deus que há um refúgio para os vendavais da vida e para os terrores da morte — a mão do Pai — o verdadeiro céu do coração.

 

pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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