quinta-feira, 15 de julho de 2010

DEU CERTO!

_ Pastor, quero que o senhor faça uma oração para aquela menina ali, disse ela apontando para uma menina mais forte e mais velha que ela.

Perguntei-lhe o por quê de seu pedido, e ela só disse que era uma menina muito “encrenqueira.” Depois fiquei sabendo que aquela menina, vez por outra, agredia, batia muito na Jeniffer.

Surpreso e feliz por seu espírito de perdão e mansidão para com aquela sua colega-inimiga, mencionei seu pedido de oração naquele culto e oramos para que Deus atendesse o seu pedido. Antes, porém, disse para que ela mesma orasse a Deus nesse sentido, porque Deus ouve a oração das crianças também. Ela ainda acrescentou que Deus ouve mais a oração das crianças do que a dos adultos. E orou!

Cerca de um mês após aquela oração, voltei à sua casa. Quando o pai dela parou o carro perto de mim, jeniffer desceu feliz e foi logo dizendo: Pastor, deu certo! Aí, disse que sua amiga fizera as pazes com ela e que agora estava tudo bem. Que bom quando uma criança tem esta percepção de que a oração dá certo, que funciona, que Deus respondeu sua oração!

Fiquei feliz pela Jeniffer, e feliz em poder compartilhar de sua alegria nessa experiência de oração. Na verdade, sempre dá certo a oração do justo. Deus ouve, Deus vê, Deus responde, Deus age. Embora saibamos que Deus é soberano e que não depende de nossa oração para agir no mundo, ainda assim Ele nos concede a graça maravilhosa de nos permitir fazer parte de Suas realizações.

Esta é uma das bênçãos da oração, nos sentirmos envolvidos na atuação sobrenatural, divina. Não há explicação para tal, apenas gratidão e exaltação ao Senhor por Sua infinita graça e misericórdia. De fato o Senhor a cada dia confirma a Sua Palavra santa: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5.16).

E quando somos procurados por alguém que nos pede perdão, não nos compete questionar os motivos e a maneira como nos é apresentado tal pedido. Cumpre-nos o dever de liberar o perdão e deixar a questão, quanto o ser ou não legítimo o pedido, com Deus e a pessoa. Não nos compete analisar as razões do coração alheio. Isto é problema de Deus com a pessoa. A nós, porém, cumpre o dever de perdoar. É o que Jesus nos ensina (Mt 18:15-18).

Pr. Vanderlei Faria

pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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