sábado, 3 de julho de 2010

OLHEMOS PARA FRENTE!

“Passemos para a outra margem”(Mc 4.35 b).

Jesus deixa claro que a missão cristã para a qual fomos escolhidos por Deus, vocacionados e comissionados, não se limita à satisfação dos nossos interesses imediatos. O verdadeiro cristão não é aquele que apenas se contenta em se regozijar com os momentos de louvor e adoração; mas, além de se alegrar em poder cultuar ao Senhor em espírito e em verdade, também se dispõe a obedecer ao Senhor incondicionalmente. Mesmo quando isto implica em riscos. Então, creio que o primeiro propósito do texto, tanto para os discípulos de Jesus quanto para nós, é mostrar-nos que precisamos levantar os olhos e ver além de nossos próprios limites pessoais. Ele mesmo estabelecera o desafio missionário.

Precisamos olhar fixamente para o Alvo, para não perdermos o rumo, nem cairmos no desânimo. Principalmente, pela expectativa das promessas divinas aos que crêem. Infelizmente, nem sempre nos lembramos das promessas divinas.

Ficamos temerosos e ansiosos quanto ao amanhã, nos culpando ou procurando culpados a quem possamos descarregar nossas mágoas, revoltas ou decepções. Na verdade, tudo de bom ou ruim que nos acontece são meios através dos quais Deus trabalha conosco e em nós, visando um fim proveitoso e muito além de nossas expectativas.

Observe o que nos diz a Bíblia: “Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade”.[1] “Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo... Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum”.[2]

Deus faz com que sejamos “participantes de Sua santidade” e “coparticipantes da natureza divina”; além de nos proporcionar o sentimento de confirmação de nossa eleição! Como Ele faz tudo isso por nós?

Se observarmos o contexto, verificaremos que isso implica em obediência e submissão à soberania de Deus no sofrimento. É claro que isso não é muito fácil de se assimilar na hora da dor e da tristeza, mas creio que nos ajuda e nos conforta em saber que temos exemplos de pessoas que passaram algo semelhante ou muito pior do que o que estamos enfrentando, tendo obtido a vitória.

Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
[1] Hb 12.10
[2] 2 Pe 1.4, 10

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