quarta-feira, 14 de julho de 2010

A VOZ PROFÉTICA NO VALE DA MORTE

Deus ilustrou para Ezequiel a situação do povo de Israel: Primeiramente, eles estavam muito secos, separados uns dos outros. Deus ordena, através do profeta, que eles se ajuntassem. Os ossos se ajuntaram, foram revestidos de carne (aparência de vida, saudável), mas ainda continuavam sem vida. Então Deus mandou que ele profetizasse (pregasse a Palavra), para que fossem revestidos com o Espírito Santo. Então reviveram.

Avivamento precisa começar com a Bíblia e a oração, e continua com a santificação através do Espírito Santo. Em Rm 8.9-11, Paulo fala do Espírito Santo como o poder de Deus que nos proporciona a vitória. Quando nos tornamos cristãos, entra em nós o poder do Espírito de Deus. Então, Ele mesmo nos encoraja a fazer uso da Palavra de Deus para o nosso crescimento espiritual e para nos fortalecer na “força do seu poder que habita em nós”. O Espírito nos muniu da instrução que se acha na Palavra, porém, não podemos usá-la sem Ele.


O profeta foi levado pelo Espírito Santo não só ao local de morte e desalento, mas, também, fê-lo caminhar entre os ossos. Ou seja, Deus queria fazê-lo sentir na carne a triste situação em que se encontrava o Seu povo; que o profeta fosse profundamente sensibilizado para poder pregar, profetizar, com total envolvimento emocional, prático e objetivo.

Deus não quer que apresentemos Sua Palavra sem emoção, sem sentimento, de forma vazia e fria. Daí porque observamos, ao longo da história, como Deus tem conduzido o Seu povo, tanto profetas, apóstolos do passado, como todos os que anunciam o evangelho de Cristo em todo tempo, através de situações dramáticas, traumáticas, perseguições e sofrimentos os mais variados e terríveis que possamos imaginar.

Embora não gostemos de admitir, Deus continua fazendo uso da vida de Seus santos para proclamar a Sua Palavra e vontade ao mundo. Portanto, quando sofremos, nossa reação não deveria ser de lamentações e murmurações, embora seja mais fácil falar do que suportar tais provações.

Os discípulos de Jesus nos deixaram um belo exemplo nesse sentido quando, após serem açoitados por falarem de Jesus, “se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome”.[1] Por isso Paulo fala diversas vezes com Timóteo: “participa dos meus sofrimentos”.

Pela minha própria experiência, posso observar que as mensagens mais profundas e tocantes que Deus tem me proporcionado a graça de pregar, ou preparar, foram aquelas “geradas” em momentos de crises, aflições, tribulações, adversidades, sofrimentos e perseguições. É quando Deus nos faz experimentar o conforto e a direção sobrenaturais em meio às crises e dores que também sentimos.

Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

[1] At 5.41

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