Não podemos nos esquecer de que  as pessoas estão olhando para nós. Somos observados por aqueles que caminham conosco, nossos cônjuges, filhos, amigos, vizinhos e colegas de trabalho. Todos estão atentos às nossas reações diante dos conflitos da vida; querem saber a “razão da nossa esperança”. E, muitas vezes, nossas atitudes e reações são determinantes para centenas de pessoas.  Os exemplos do passado devem nos fazer pensar que também nós estamos escrevendo uma história de vida. E, assim como somos advertidos com os exemplos do passado, precisamos nos lembrar que  algum dia alguém estará refletindo ou imitando nosso modo de viver.
Precisamos considerar:  Que exemplo de vida de fé  estamos deixando para os nossos queridos a quem tanto amamos? Que tipo de fé as pessoas estão observando em nós? Qual o encorajamento e estímulo têm aqueles que estão olhando fixamente para o nosso modo de viver, nossa maneira de reagir diante das dificuldades?
Não podemos deixar que eles falem no futuro a nosso respeito como se disse no passado a respeito de outros: “Os nossos olhos ainda desfalecem, esperando vão socorro; temos olhado das vigias para um povo que não pode livrar”.[1] Ao contrário, que nossas vidas sirvam de exemplos positivos. E como isso nos é custoso e tremendamente  desafiante!
Quando enfrento as turbulências da vida, sofrimentos, e, principalmente, quando penso na maneira correta do cristão enfrentá-los, não posso deixar de refletir no exemplo do apóstolo Paulo. Especialmente como Deus fez uso de seu sofrimento para abençoar a tantos, desde os seus dias até hoje, e até quando existir o mundo. Em Segunda Coríntios, Paulo fala exaustivamente sobre o sofrimento, tendo  sua própria experiência como base para nos encorajar e nos confortar. E logo no primeiro capítulo (v.3-5),  Paulo nos afirma que somos consolados em toda tribulação. Mas não sem um propósito definido.
Deus quer que sejamos portadores de bênçãos, repassando a consolação que recebemos.  Logo, fica evidente que Deus nos dá o sofrimento a fim de  trabalhar conosco, dando-nos o consolo, e, ao mesmo tempo, nos mostrando que precisamos repassar as bênçãos recebidas. Paulo nos ensina, assim, que precisamos olhar para trás.
Ou seja, olhar para trás não para ficarmos lamentando pelo que fizemos ou pelo que fizeram conosco – culpando a Deus e o mundo, como fizeram os israelitas no deserto, murmurando contra  Deus e contra os  Seus líderes.
Nossas vidas precisam refletir a verdadeira Luz, que é o Senhor Jesus. Caso contrário, além de não cumprir o propósito para o qual vivemos, ainda propagamos, com mais intensidade, as densas e tenebrosas  trevas: “Se portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes são tais trevas!” 
Ao deixarmos de transmitir a luz do evangelho, não ficamos  simplesmente apagados. Mas o desânimo, a frieza espiritual e a falta de obediência à Palavra, têm efeito  contagiante e desabonador. Leva-nos a viver como se estivéssemos pregando um outro evangelho: o evangelho do fracasso, da discórdia, da infidelidade, da insegurança e da incredulidade. Que tipo de influência estamos exercendo sobre aqueles que nos rodeiam?
Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
[1] Lm 4.17
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