sábado, 7 de março de 2009

MULHER, POR QUE NÃO CHORAS?

Porque Raboni, o Mestre, me alcançou: "disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, lhe disse, em hebraico: Raboni (que quer dizer Mestre)!" (v.16).
Porque "vi o Senhor!" (v.18).

Agora Maria poderia dizer como Jó:
_ "Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem" (Jó 42.5).
Porque viu o Senhor, ela não chorava mais. Agora havia razão para sorrir, cantar, adorar e bendizer o nome do Senhor; e proclamar ao mundo que Ele vive para sempre.
Logo depois, os discípulos de Jesus também puderam experimentar da mesma alegria:
_ "Alegraram-se, portanto os discípulos, ao verem o Senhor" (v.20).

Desde então esta mensagem tem alcançado milhões e milhões de pessoas, em todos os tempos e entre todas as nações e povos. Todos os dias, milhares de pessoas experimentam a alegria do Senhor pela primeira vez, enquanto outros tantos vão acumulando experiências marcantes de sua comunhão com Deus. A tal ponto esse sentimento extravasante e sobrenatural que causa profunda admiração e curiosidade aos que não crêem, que um presidiário chegou a escrever:
_ "Regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração perseverantes" (Rm 12.12). e ainda: "Alegrai-vos sempre no Senhor, outra vez vos digo: alegrai-vos. Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus" (Fl 4.4-7).

Alegrai-vos sempre, no Senhor!
Se estas palavras fossem proferidas por um político, todos nós teríamos motivos suficientes para sentirmos revoltados e irados com tais palavras. Mas quem as proferiu estava, como tantos hoje em dia, com motivos sobejos de não só estar triste e choroso, mas, também, revoltado e odiando a tudo e a todos por uma reclusão injusta e desumana. Não fora a graça de Cristo, e sua plena intimidade com o Senhor ressurreto, este prisioneiro também teria se desmanchado em lamentações e lágrimas, com o sentimento ferido por achar-se abandonado naquele cárcere sujo e frio. E, na verdade, suas palavras em nada se assemelham com a irresponsabilidade e leviandade de um político que não sabe o que é padecer as agruras de um sentimento de impotência diante dos descasos das autoridades constituídas. Nem mesmo ele usa um jargão popular, tipo: "sorria, Jesus te ama!"

Quando ele disse "alegrai-vos no Senhor", era porque, ainda que a friagem do cárcere, a fome e as dores causadas pelas chicotadas recebidas lhe provocassem desconforto e sofrimento; ainda que a escuridão de sua cela fria tirasse seu humor; ainda que injustiçado e incompreendido; ainda que sem dinheiro e faminto; ainda que a morte se lhe mostrasse tão próxima; ainda assim havia paz reinante em seu coração ferido e alegria transbordante exalando em sua face como perfume suave ao Senhor.

Você que chora pelos seus inúmeros e justos motivos pessoais; enxugue seus olhos um pouco, voltando-se mais uma vez a pensar no encorajamento de quem sentia tanto quanto ou muito mais do que você possa imaginar: "Alegrai-vos sempre, no Senhor!"

Não é alegrar-se como quem está variando, senil, maluco e bestialmente. Não é alegria de quem perdeu o sentido, a razão e a consciência da realidade. Não significa a alegria do palhaço triste, camuflado em sua fantasia, o qual procura fazer com que os outros se alegrem, sorriam, embora ele mesmo chore seus dramas secretos e inconfessáveis... Não é alegria irônica e sarcástica de quem não tem a devida sensibilidade e respeito para com a dor alheia. Não é alegria de quem se contenta com qualquer coisa passivamente, como quem apenas suporta seu "carma"...

Não é alegria do hipócrita que apenas tenta vender uma boa imagem de seu produto (no caso, de sua religião). Não é alegria do budista para quem a vida não tem sentido, nem mesmo razão para se chorar; para quem busca o "nirvana", ou o não sentir... Nem tão pouco é a alegria do otimista debilóide que atribui tudo ao acaso, e que um dia a sorte ou o destino trará a paz de volta... Não, querida! A paz e alegria proclamadas por esse solitário prisioneiro faz parte da experiência de vida de todos quantos tiveram uma experiência real e profunda com o Senhor, Autor e Consumar da fé. Como Maria Madalena, depois que disse "Vi o Senhor!"

Agora seus motivos pessoais, ainda que fossem muitos e variados, tantos quantos aos que você, querida leitora, ou amado leitor, esteja suportando; nada mais poderia interferir e atrofiar sua esfuziante e contagiante alegria. Jesus era a sua maior alegria, a razão de sua vida. Nada mais tinha tanto valor a ponto de causar-lhe abatimento e tirar-lhe a paz de espírito. Jesus era a única razão de sua existência; o resto, era resto tão somente. Não poderia mais ficar calada e rabugenta no seu canto. Teria que sair cantando e contando em alto e bom som que ele vive e reina para sempre! Você já pensou em viver dessa forma? Não é viver alienado, pelo contrário, é o viver real, porquanto um viver concentrado, focado inteiramente no Senhor da vida. Talvez você ainda tente se justificar: "mas eu sou religiosa, comprometida com minha denominação ou seita, cumpro fielmente minhas obrigações sociais e litúrgicas, sou devota...
Não continue a enganar-se a si mesma. Você sabe muito bem que toda a sua bagagem religiosa não lhe tem sido suficiente para aplacar e estancar essas lágrimas teimosas e persistentes. Sua religiosidade não tem sido capaz de proporcionar-lhe paz realmente, paz íntima, profunda e duradoura. Então, pare um pouco o corre-corre de sua atarefada vida.

Desligue a TV um pouco, esqueça as sugestões irônicas do inimigo; recolha-se a um lugar secreto, silencioso e acolhedor. Derrame sua alma diante do Senhor. Conte pra Ele o que Ele já sabe muito bem, que você cansou de confiar seu presente e futuro nas mãos de quem não pode trazer-lhe a paz e o consolo necessário. Diga pra Ele, o Senhor Jesus, que ainda que você sinta muita dificuldade para fazê-lo, você quer entregar completamente sua vida a ele. Diga-Lhe que você renuncia sua própria vida, sua vontade, seu orgulho, suas pretensões de querer saber o que e como quer que as coisas lhe aconteçam. Diga-Lhe que você agora está inteiramente sob o controle e determinação dEle; que você deseja confiar nele não apenas religiosa e formalmente, mas que deseja confiar-se totalmente a Ele. Peça para que Ele lhe perdoe os pecados e lhe conceda a Sua graça e a salvação plena de sua alma, agora e eternamente.
Se você está sentindo-se desprezada, marginalizada, sem coragem de encarar as pessoas pelo que elas pensam ou dizem a seu respeito; saiba, creia, Jesus quer alcançá-lo com Seu grande e sublime amor.

Maria! Quantas Marias pela vida a fora chorando desesperadamente suas culpas e pecados, seus desencantos e decepções! Sem perceberem que há alguém que as entende e quer consolá-las. Mais que isto, alguém que vem ao seu encontro, mesmo quando se insiste nos deveres religiosos desprovidos de conteúdo verdadeiramente espirituais, inúteis e infrutíferos. Sim, Ele quer falar ao seu coração também, despertar o seu ânimo, conceder-lhe novas vibrações e emoções para viver, correr, sorrir e anunciar aos outros as boas novas de salvação. Ele está vivo e quer trazer novo alento e sentido ao seu triste viver. Creia nEle! Entregue-se a Ele!

Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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