_ “E aos que predestinou, a estes também chamou” (Rm 8:30).
O Deus que nos predestinou com o propósito de nos fazer conformar, tornar-nos semelhantes, parecidos com Jesus, é o mesmo Senhor que nos predestinou para nos fazer conformar à Sua santidade. Para fazer com que a nossa vida se coadune com a vida de Jesus, pois Ele mesmo foi quem nos chamou e justificou. Isto é, Ele transferiu a Sua justiça para nós. Deu-nos a honra de fazer uso de Sua justiça perfeita para justificar-nos, sendo nós totalmente depravados e imperfeitos. Ele, também, garantiu a nossa glorificação. Ou seja, podemos estar seguros de que vamos experimentar e viver para sempre na glória celeste, a qual não pode jamais ser comparada com nada que venhamos a sofrer neste mundo: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8.18).
Chamado por Deus com propósito específico, conhecido de antemão, predestinado para me amoldar à pessoa de Cristo, tornado justo, justificado em Cristo; ou, inculpável, mediante a justiça de Cristo a mim creditada, imputada. Tendo já assegurada a minha salvação pela fé em Cristo Jesus, seja qual for o sofrimento que me atinja: Rm 8.38-39.
Ora, se nada pode separar-me do amor de Deus, nem mesmo o sofrimento que estou experimentado agora, então, posso dizer que fui chamado para dentro do amor de Deus. Sou parte de Seu propósito redentivo, sou amado de Deus, filho do Seu amor. Preciso admitir que nada que me ocorra, nem mesmo acidente, ou incidente, estará fora da vontade soberana de Deus. Ele está trabalhando em mim para a Sua glória, a fim de tornar-me conforme o modelo perfeito, Cristo. Naturalmente que, para moldar-nos conforme à Sua “boa, agradável e perfeita vontade”, o Senhor se utiliza da fornalha da aflição, “para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade” (Hb 12.10 b).
É o Senhor que nos chama e nos prepara para a batalha. Considerando o propósito para o qual fomos eleitos em Cristo Jesus, não podemos deixar de perseverar em oração e adoração a Quem tudo já fez por nós. Também, precisamos reconhecer que qualquer sofrimento que venhamos a experimentar será sempre insignificante diante de seu objetivo final. Assim, pois, nossa oração perseverante, há de ser sempre com muita gratidão e louvor. Sim, posso expressar minha gratidão a Deus, ainda que enxugando as lágrimas teimosas, ou gemendo de dor, porque a paz de Cristo se faz presente em mim. “Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém” (Rm 11.36).
Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
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