Se Deus mesmo não agir em nós, não há cura, não há esperança, não há remédio. Somos eternamente dependentes da graça divina. Ainda bem, o que seria de nós se ficássemos a mercê da bondade e misericórdia humana?!
Mas, como estamos sob os cuidados constantes e permanentes do EMANUEL, Deus conosco, podemos, sim, confiar que Ele há de vir ao nosso encontro, trazendo-nos as respostas e as consolações que tanto necessitamos. Certamente, um dia Ele há de intervir nesse caos de nossa existência terrena. Então compreenderemos todas as coisas. Já não mais haverá lembranças das coisas passadas. Não mais tristezas, lágrimas, luto, nem dor. Nossa alegria será completa e eterna, porque estaremos para sempre com nosso amado e querido Salvador (Jo 16.20-27, 33; Fl 3.20-21; Ap 7.17; 21.3-4).
Esses textos nos ajudam a compreender e crer que é Deus quem opera a nossa salvação, do principio ao fim. Por exemplo, gosto do pensar em Fl 2.12-13. Porque o texto nos ajuda a compreender que, embora a efetuação de nossa salvação seja obra inteiramente da graça do Senhor, ele nos diz também (v.12) que o fato de sabermos e confiarmos na soberania de Deus não deve ser motivo para nos tornarmos inativos e passivos em nossa responsabilidade de nos empenhar com ardorosa dedicação na apropriação da segurança e desenvolvimento de nossa salvação.
Tudo isso se encaixa com as palavras do Senhor Jesus, relatadas por João: Jo 6.35-40. Por outro lado, ninguém deve descansar, simplesmente pelo fato de ser filho de crente, por pertencer a uma igreja ou denominação; por fazer parte de uma família cristã; ou mesmo por ocupar um cargo de destaque na liderança da igreja do Senhor. Os judeus do tempo de Jesus se achavam tranqüilos pelo fato de serem descendentes de Abraão. No entanto, o Senhor lhes advertiu: Jo 8.37-47.
De fato, se Deus mesmo não abrir o coração humano, com a Sua infinita graça e poder, jamais podemos aceitar que Ele tem o direito de determinar quem Ele mesmo quer salvar, ou quem Ele há de rejeitar. A salvação é obra de Deus do princípio ao fim, e isto humilha demasiadamente o ego humano. Então, o que nos compete é crer e confiar no Senhor Jesus de todo o nosso coração, na certeza de que Ele recebe a todos quantos confiam nEle. E se isto fizermos, seremos convencidos pelo próprio Espírito de Deus que somos filhos de Deus por adoção (Rm 8.14-17). Portanto, eleitos de Deus.
Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
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