sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

QUANDO VEMOS A GLÓRIA DE DEUS

Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais indignos e miseráveis nos vemos. Basta observarmos os exemplos dos homens santos de Deus de todos os tempos:
Quando Moisés ouviu as palavras do Senhor (Êx 3.6) – sentiu-se miseravelmente esmagado em sua debilidade e insuficiência.

Jó, no auge de seu sofrimento, tanto físico quanto emocional, reagiu com auto-comiseração e orgulho de sua própria justiça: 27.6; 32.1-2; 33.9-10; 34.5-6. Deus, então, interveio para falar-lhe (Jó,38.2-40.1).

_ “Então, Jó respondeu ao Senhor e disse: Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca. Uma vez falei e não replicarei, aliás, duas vezes, porém não prosseguirei” (Jó 40.3-5).

Ou seja, quando Jó buscou a face do Senhor, com reverência e respeito, lamentando apenas pelos seus próprios pecados, e não pelo sofrimento, Deus manifestou a Sua glória e poder. E quando Deus falou, além de sentir-se indigno de abrir a boca diante da majestade da presença divina.
Isaías disse: “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo... Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos!” (Is 6.1,5).

Jeremias disse: “Ah, Senhor Deus! Eis que não sei falar; porque sou um menino” (Jr 1.6).
Paulo chorou diante do conhecimento da abrangência da lei de Deus – Rm 3.20; 7.9-10. Esse sentimento, quando revela a nossa compreensão da Lei de Deus, traz a convicção do pecado e o peso de consciência. É interessante que não encontramos nenhuma lamentação de Paulo por causa de seus sofrimentos físicos e emocionais; mas ele demonstra profundo pesar em face de sua luta íntima com o pecado. Não apenas pelo senso de culpa; mas, também, pela sensibilidade do pecado presente e atuante em sua vida. Isso provocava-lhe um tremendo conflito íntimo – Rm 7.15-24. O que nos faz sentir assim? É o temor de Deus numa consciência sensível e quebrantada pelo poder de Deus. Quando percebemos a glória de Deus, ficamos profundamente impactados, com temor e tremor...

Quanto mais nos aproximamos de Deus, da Sua majestade divina, mais percebemos o quão miseráveis e indignos somos. Quando vemos a glória de Deus, através de Cristo Jesus, somos confrontados conosco mesmos. E a constatação de nossa situação de indignos pecadores nos conduzirá, inevitavelmente, à humildade.

Ao contrário do reconhecimento do apóstolo Paulo, a Igreja de Laodicéia não reconhecia seu triste estado de pecado: “Pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu” (Ap 3.17). Era uma igreja infeliz, e não sabia! Porém, triste mesmo, é alguém chegar a eternidade, e, tarde demais, ser confrontado com o Senhor Jesus a dizer-lhe: “Fostes infeliz, miserável, pobre, cego e nu, e não sabias!” Só os incrédulos “laudicenses” se orgulham do que pensam ter. Isto porque o Senhor está do lado de fora de suas vidas...

O salmista disse: “Os meus dias estão nas tuas mãos” (Sl 31.15 a). Podemos dizer o mesmo?

Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

Nenhum comentário: