quinta-feira, 4 de março de 2010

DESCONTROLE FINANCEIRO

Diz a Bíblia: "A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei." (Rm 13:8). Quem se endivida dá mau testemunho, além de tornar-se escravo de seus credores. Há pessoas que devem porque emprestaram seu nome para amigos e parentes, que lhes prometeram pagar corretamente, e hoje arcam com todas as conseqüências. Tornaram-se fiadores. "Não estejas entre os que se comprometem, e entre os que ficam por fiadores de dívidas"(Pv 22:26); "O homem falto de entendimento compromete-se, ficando por fiador na presença do seu amigo" (Pv 17:18).
Há alguns que vivem pendurados nos cartões de crédito, no cheque especial, nos cheques devolvidos, nos financiamentos a curto e médio prazo, e, por não administrarem bem ou por um desastre financeiro súbito, ficaram obrigados a pagar juros que, não raras vezes, são superiores ao que entregariam ao Senhor como dízimo. Contra o dízimo e ofertas fazem severas asseverações, mas contra os juros altíssimos que pagam, não reclamam. Aliás, já nem conseguem pagar, e têm seus nomes em toda a lista do comércio como maus pagadores. Que vergonha! Vivem de cheque especial e de financiamentos múltiplos, e às vezes socorrem-se de agiotas.

Esse é o MATO DO DESCONTROLE FINANCEIRO. Deus nunca desejou aos seus filhos esse tipo de vida. E não adianta reclamar depois, dizendo: "Ah, Deus, que provação! Por que permites? O Diabo está atacando a minha vida!" O Diabo? Não, o Diabo está é agradecido pelo serviço voluntário! Não é o Diabo, e nem provação de Deus; é a conseqüência da imprudência, de quem se propõe a construir um castelo e não tem com que terminá-lo. Diz o Apóstolo Paulo: "Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes." (1Tm 6:8). Por que tivemos que comprar aquela máquina que não nos serviu de nada? Por que adquirimos algo tão caro, quando algo mais barato serviria igualmente? O consumismo desenfreado se chama PECADO, e leva à falência. Geralmente, depois de consumir, desinteressamo- nos do produto, e já saímos à caça de outro objeto. Que escravidão! Somos chamados a não dever nada, nem uma agulha, nem uma moeda, a ninguém. Somente o amor, esse sim, é nossa dívida.

Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas de Osasco, SP

Nenhum comentário: