“Naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes Jesus: Passemos para a outra margem” (Mc 4.35).
Os discípulos de Jesus estavam vivenciando um momento quando todas as evidências humanas apontavam para a tragédia. Mas eles não estavam limitados  aos fatos, eles tinham um referencial  maior – a palavra do Senhor Jesus.  
Se o Senhor Jesus disse para passarem para o outro lado, não poderiam perecer no mar, porque  “nenhum dos Seus planos pode ser frustrado”.[1] Sua palavra permanecesse para sempre.  Deus é soberano sobre todas as coisas e o homem é responsável pelos seus atos. Os discípulos estavam com  Jesus, o poderoso Deus estava presente, atuante, visível. Eles haviam experimentado a manifestação gloriosa de Seu  poder. Os fatos ocorridos  recentemente deveriam estar ainda muito  presente, vivo,  em suas mentes. Certamente, tudo quanto haviam presenciado  fora tão marcante e importante para eles!  Logo, não poderiam esquecer tão  rapidamente... Será?
Apesar de tudo quanto ficara indelevelmente impregnado  em seus corações, em suas  doces recordações, ainda assim eles não conseguiam associar os fatos passados com a experiência  atual. Voltaram a sentir e agir  como se Deus estivesse distante. E, no entanto, Deus  estava ali na pessoa e poder  de Jesus Cristo, navegando e  vivendo com eles. O Emanuel (Deus presente) estava com eles, e eles não se deram conta disto. Antes, seus corações estavam endurecidos. Seus olhos estavam vendados. Suas almas estavam tristes, sobressaltadas, confusas e deprimidas. Não seria esta a nossa situação de um modo geral? Por incrível que pareça, essa atitude é mais comum e frequente entre o podo de Deus do que podemos imaginar. Normalmente confessamos que  cremos num Deus vivo e atuante, mas basta enfrentarmos  alguma crise temporal  para  nos esquecermos de que ELE VIVE, realmente. Ficamos desnorteados diante de uma enfermidade, desemprego, problemas familiares. Há um cântico espiritual que expressa o que estamos considerando:
_ “Sua presença é a razão da minha fé;
Sua presença me conduz onde estiver.
Me falte água ou suprimento para o amanhã;
Se nos meus olhos me faltarem  toda luz;
Só não me falte a presença de Jesus.
                  
                   _ “Sua presença é a razão da minha fé,
 Sua presença me conduz onde estiver.
 Me falte o vento o mar e o sol,
 Onde estiver,  sei que não vou me abalar,
 Se na seara o meu trigo não produz,
 Só não me falte a  presença de Jesus”.
O nosso Senhor  está perto, sempre. O mar das dificuldades não tem poder para afastá-Lo  de nós. E é  interessante  observarmos que, para o poder de Deus se manifestar, não é necessário fazer secar o mar para atravessarmos de pé enxuto. Deus nos carrega sobre as ondas do mar da vida!  Não precisa  secar o mar, Ele pode superar o mar.  Não importa quais  sejam as adversidades, Jesus nos  faz  vitoriosos  sobre o mar. Um dia, então,  constataremos o que escreveu  João: “E o mar já não  existe...”[2] Então desfrutaremos, ou começaremos a desfrutar da plenitude da verdadeira VIDA.
Precisamos descansar nestas certezas, e assim observar que as mesmas ondas que  causavam pavor e pânico aos discípulos embalavam o sono tranquilo e repousante de Jesus. A presença de Jesus é a nossa garantia de vitória. Sim, podemos descansar no poder de Deus, na certeza de que, com Jesus em nosso barco, jamais pereceremos! Portanto, quando estivermos  enfrentando o mar revolto das adversidades, lembremo-nos de que  sobre o mar está Jesus! Os discípulos precisavam fazer uso, tomar posse do  PODER INVISÍVEL.  Jesus estava ali e eles não se  davam conta  disso...  Não percebiam que Ele era  e continua sendo a  PRESENÇA QUE SUPRE:  “E  eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”.[3] 
Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
[1] Jó 42.2
[2] Ap 21.1
[3] Mt 28.20
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