quarta-feira, 31 de março de 2010

SACRIFÍCIO VIVO

_ “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”(Rm 12.1).

Os cristãos de Roma estavam acostumados com o sacrifício de animais na prática de cultos de seus patrícios. Muitos, ou quase todos, tinham sido libertos da prática de cultos pagãos, aos ídolos, para agora servirem ao deus vivo. Porém, como nos cultos aos ídolos, alguns estavam apenas dedicando os momentos de culto público para adoração a Deus. Não estavam entendendo que Deus não quer que O cultuemos apenas em dias e locais de rituais religiosos, tendo o restante do tempo reservado para o culto do corpo, ou entregues às práticas contrárias ao que se declara no ato de adoração pública.

Ou seja, havia, como é muito freqüente verificarmos hoje, uma dicotomia entre a teoria e a prática de adoração. Pretendia-se apresentar um culto aceitável e agradável a Deus com os lábios e coração, sem contudo, considerar-se a necessidade de haver uma conduta integrada de todo o ser. Era como se pudesse haver uma distinção entre o corpo, a parte física, e a alma ou espírito.

Pretendia-se cultuar a Deus em espírito e em verdade, sem, no entanto, comprometimento com qualquer abstinência, ou renúncia de alguma atividade ou prática física, ou corporal. Ora, parece que essa prática de um tipo de culto apenas mental e teórico, que se contenta com um oferecimento de sacrifício materiais com o propósito de aplacar a ira divina continua ainda hoje.
No culto pagão oferecia-se sacrifícios de animais, com o propósito de aplacar a ira dos deuses nos quais eles criam.

O adorador passava alguns momentos cumprindo determinados rituais para depois sair dali com a consciência tranqüila, para, então, voltar novamente às praticas pecaminosas, tendo agora como garantia a proteção dos deuses, já que lhes havia oferecido os sacrifícios que lhe era requerido a fim de cobrir os possíveis pecados que viesse a praticar...

Paulo faz um veemente apelo ao entendimento dos cristãos no sentido de que consagrem especificamente seus corpos, não como um mero ritual de culto público, mas como um sacrifício, uma oferenda completa, diária, constante ao Senhor, porque Deus se agrada do sacrifício vivo, da vida toda.

Daí o sacrifício vivo, ou de quem está vivo. Que eles não se limitassem e não se contentassem em oferecer um tipo de culto com animais sacrificados, mortos, como forma de adoração a Deus, mas que colocassem suas vidas no altar do Senhor como um sacrifício santo, puro e agradável a Deus, para o louvor de Sua glória.

Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

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