Domingo passado (20/03/10),  ouvi duas  experiências  na classe da EBD que vale a pena serem contadas.
A primeira foi  contada pela irmã Etieene. Disse ela  que certa feita, seu filho, Cauã, com apenas 4 anos na época, estava gravemente enfermo. No quinto dia  em coma na  UTI  o médico lhe falou: “Etieene, você confia em Deus?” Sim, respondeu ela, ainda que um tanto insegura.  “Então fale com Deus, porque  não sabemos mais  o que fazer. Não vejo  mais chance de seu filho sobreviver, já que  ele não está respondendo às medicações”, disse o médico.
Crendo e confiando no Deus do impossível, mas um tanto sobressaltada e insegura, compartilhou com seu marido ao chegar à casa.  Ficou surpresa com  as palavras com que seu marido, Isaias, reagiu: “Então é agora que ele vai ficar bom. Se só  Deus pode  resolver, então está resolvido” – disse ele.
No dia seguinte, logo ao chegar  à portaria do hospital, ouviu  as agitações e gritos de uma criança.  Quando entrou na  UTI, o médico saiu ao seu encontro, dizendo-lhe: “Que bom que você chegou, já não estava aguentando mais os gritos desse muleque. Leve seu filho pra casa que ele está de alta”. Aleluia!
Outro caso foi contado  pela jovem Rafaela. Disse-nos ela que  houve uma  ocasião, quando ela era criança,  que sua família passou  por uma fase muito difícil, faltava-lhes até mesmo a alimentação diária. Um dia, não tendo comida para almoçar, sua mãe, chorando,  entrou no quarto para orar, enquanto Rafaela e seu irmãozinho  mais novo brincavam de pedir a Deus o que lhes  faltava. Cerca de 3,00 h. da tarde, pegaram uma batata meio apodrecida, enrolaram-na num plástico  e  começaram  a jogá-la na parede, enquanto faziam  os pedidos a Deus:
_ Senhor, precisamos de arroz e feijão.
_ Senhor,  precisamos de  sabão pra mamãe lavar nossa roupa.
_ Senhor, precisamos de frutas e mais batatas...
E foram acrescentando  tudo quanto  precisavam  com mais urgência.
Quando chegaram à igreja para o culto da noite, enquanto sua mãe entrou no templo para orar, antes de começar o culto, ela e o irmão ficaram brincando com outras crianças  do lado de fora. De repente, parou um carro e  um senhor descendo dirigiu-se a ela, perguntando-lhe se  estava ali uma tal senhora, que era a sua mãe. Rafaela correu para chamar a mãe, a qual  relutou em dar crédito às suas palavras. Quando, porém, a mãe chegou lá fora ouviu aquele homem dizer-lhe: “Minha senhora, hoje, cerca de  3,00h  da tarde, quando fazia as compras no supermercado, Deus me falou para  pegar outro carrinho e  colocar nele  essas compras para  a senhora”.
Quando  abriram  os pacotes, diz Rafaela, estava lá tudo quanto  ela e o irmão haviam  pedido a  Deus enquanto  oravam e brincavam com aquela batata podre, jogando-a na parede... Que Deus fantástico  é o nosso Deus! Vale a pena ouvir e confiar em Sua santa  palavra:  “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Sl 46.10a).
É interessante que o salmista fala de Deus o tempo todo na terceira pessoa: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” – começa ele.  E continua: “Portanto, não temeremos ainda que...” – e acrescenta uma série de  possíveis calamidades naturais. Fala dos feitos  soberanos de Deus, tais como “põe  termo à guerra”, etc. Fatos estes que, ao longo da história  mundial, as pessoas normalmente  atribuem apenas aos homens e mulheres  considerados heróis. O que poucos admitem, e crêem, é que Deus está no controle dos fatos históricos, nas calamidades geográficas, nas tormentas, terremotos, furacões e tudo o mais que assola o planeta Terra. Nada escapa  ao controle soberano de Deus, e nada acontece por acaso.  Em tais circunstâncias, também nós, os filhos  do Deus Altíssimo, sentimo-nos  pressionados, inquietos, sobressaltados, amedrontados e  agitados, tanto com as  turbulências externas como, e muito mais, as internas.
Quando nossas forças e resistências parecem  soçobrar. Quando as lágrimas e o pânico começam a  nos dominar e ameaçar a  nossa estrutura física, emocional e espiritual...  Quando as palavras já não encontram eco em nossa  oração... Quando  nossos esforços são em vão, e nossa capacitação e conteúdo intelectual se tornam nulos e ineficazes... Quando as lágrimas turvam nosso horizonte... Quando  parece que não  há mais  esperança e ao nosso redor tudo se torna  instável e inseguro... Quando a fé vacila e as forças físicas e emocionais começam  a se esvair... Quando as preces parecem fúteis e ineficientes, Deus responde de duas maneiras peculiares.
Primeiramente Ele fala através do salmista, como nos versos já mencionados e também no refrão  dos vs. 7 e 11: “O  Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio”.
Mas o que mais  me surpreende é a maneira  como Deus usa a mente e a boca do salmista para falar diretamente conosco: “Aquietai-vos  e sabei que eu sou Deus...”
Essa é uma forma de comunicação muito comum entre os  profetas do VT, mas não me parece tão frequente nos salmos. Imaginemos  um pregador falando a respeito de  Deus, exortando o povo a confiar na soberania e poder de Deus e, de repente,  o tal mensageiro de Deus faz uma  pausa...  E uma voz completamente  diferente, forte, enfática e vigorosa começa a ser  ouvida por todos os presentes no local... O auditório, antes agitado, irreverente e tumultuado, de repente se petrifica  ao som da voz  trovejante, como se  do trovão saíssem tais  palavras: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus!” 
Confesso que  só em pensar em tal cena, fico arrepiado, meu coração dispara. Mas o fato é que  isto não é uma mera conjectura, mas  é precisamente este o propósito de Deus. Ou seja, quando nos  sentimos  agitados, confusos e sobressaltados com a  incerteza que se avizinha de uma cirurgia delicada, uma  colocação de prótese caríssima e complicada; as contas batendo à porta e os recursos se esgotando,   Deus nos fala: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus!” 
Quem sabe, não seria este o momento oportuno para nos  aquietarmos também, procurando assimilar essas palavras para aplicá-las à nossa situação!? Se Deus pode fazer cessar as guerras e a fúria do mar e dos vendavais, Ele pode também fazer cessar a dor ou qualquer outra aflição de nosso coração. Assim, depois de Lhe  fazermos as nossas súplicas, o clamor  de  nossa alma, aquietemo-nos e esperemos que o Senhor responda e aja em nosso favor. Amém.
Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
www.mananciaisdevida.blogspot.com
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