_ “Por causa do meu (JESUS) nome” (Lc 21.12 b)
Por que Deus permite o nosso sofrimento? Os servos de  Cristo Jesus também têm suas dúvidas.  Certamente suas frustrações são ainda mais fortalecidas com o sussurrar irônico e sarcástico do inimigo:
“Onde está o Deus de Abraão, Isaque e Jacó? Onde está o Deus de Elias? Quem é o Deus de vocês?” 
Sem dúvida, estas são perguntas que nos vêem à mente quando somos atingidos por doenças, tragédias, ou injustiças sociais. Quase sempre usamos esta expressão: “Por que eu?”  
É a pergunta que parece estar estampada nos semblantes de milhares de pessoas, diariamente. São  vidas confusas, sofridas e amarguradas pelas injustiças e fatalidades. É a pergunta que muitos insistem em fazer: 
Por que sofrem os bons? Por quê?  
Por que fiquei sozinho, sem o conforto da família e dos amigos?  
Por que Tu não nos destes respostas  às nossas candentes orações?   
Por que tanta incredulidade da parte de gente que ouve e acompanha as cristalinas verdades da Palavra de Deus?  
Por que prosperam impunemente os exploradores da miséria de nosso povo?  
Por que tanta violência  contra os inocentes?  
Por que tantos enriquecem às custas da miséria e morte de crianças indefesas?  
Por que tanta corrupção dos governantes de nosso país?   Por que, Senhor, a Tua ira não chega  para punir os malfeitores que se enriquecem às custas da desgraça alheia?   Por que? Por quê?
Antes de mais nada, é bom lembrar que Deus não se propõe a responder os nossos questionamentos simplesmente para satisfazer às nossas inquietações e curiosidades. Ele não nos deve explicações. Não merecemos nada de bom da parte do Senhor. Tudo que temos e somos é pela Sua  maravilhosa graça.
Jó, embora tenha recebido a recompensa de Deus por sua fidelidade, não foi contemplado com as explicações dos porquês que ele apresentou ao Senhor. Não ficou sabendo porque  Deus permitiu tão grande sofrimento. Pelo contrário, depois de sofrer com as acusações dos “amigos”, quando Deus se manifestou audivelmente, exortou-o mais ainda. Foi, então, que Jó caiu em si, prostrou-se humildemente ante a face do Senhor, orou, foi consolado e recebeu a recompensa.
Porém, nenhuma explicação. Deus não nos deve explicações! Na verdade, o que faz a diferença é a nossa atitude para com o sofrimento. Por que sofrem os filhos de  Deus, e o que não devemos fazer diante do mal que nos aflige? Algumas vezes nos deixamos  abater  e somos esmorecidos por  não termos uma compreensão  satisfatória deste assunto. Outras  vezes somos levados a interpretações  precipitadas e confusas, também devido a essa incompreensão.
Na verdade, tudo de bom ou ruim  que  nos acontece são meios através dos quais Deus trabalha conosco e em nós, visando um fim proveitoso e muito além de nossas expectativas.  Como nos diz a Palavra de Deus em Hb 12.3-11. Observe o final do v. 10: “Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade”.
Agora compare esse texto com 2 Pe 1.3-11. Veja o que nos diz Pedro nos vs. 4 e 10 desse texto: “pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo...  Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum”.
Deus está  fazendo com que sejamos “participantes de Sua santidade” e “coparticipantes da natureza divina”; além de  nos proporcionar o sentimento de confirmação de nossa eleição! Como Ele faz tudo isso por nós? Se observarmos o contexto, verificaremos que isso implica em obediência e submissão à soberania de Deus no sofrimento. É claro que isso não é muito fácil de se assimilar na hora da dor e da tristeza, mas creio  que nos ajuda e nos conforta em saber que temos exemplos de pessoas que passaram algo semelhante ou muito pior do que o que nós estamos enfrentando, tendo obtido a vitória.
 A Bíblia assim nos diz: “Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes” (Sl 126.5-6).
Mais dia menos dia, a qualquer momento, teremos que nos deparar com a realidade do sofrimento e da morte; e, em seguida, comparecer diante de Deus. A morte, que nos parece sempre inoportuna e demasiadamente prematura, quando chega a nossa vez. Entretanto, ela chegará, implacavelmente! A questão é como vamos enfrentá-la. Adorando a Deus, ou nos revoltando pela nossa “triste sorte”?
Você pode glorificar a Deus comigo, da mesma forma e convicção do salmista? Então, repita muitas vezes estes versos glorificando e honrando o nome do Senhor:“Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes” (Sl 126.5-6).
Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
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