Quando ocorrem tragédias como as que estão acontecendo aqui no Rio de Janeiro nesses primeiros dias do mês de abril (5-9/04/2010), o Brasil e o mundo se mobilizam para compartilhar com os que sofrem. E esta é uma característica muito bonita do povo brasileiro – a solidariedade. Porém, precisamos atentar para a ordem divina também no sentido espiritual. Ao mesmo tempo em que nos solidarizamos com quem sofre, temos uma tendência miserável a nos acomodar e nos tornar insensíveis logo que a vida volta à sua normalidade. Rapidamente procuramos esquecer as tragédias, e nos acomodamos novamente vivendo em situações de risco. Milhares de pessoas no Brasil e no mundo estão morando em residências localizadas em lugares perigosos, sobre areias movediças; debaixo de encostas ou sobre lixões, como no caso do Morro do Bumba em Niterói. Nos acomodamos e vamos tocando a vida até que aconteçam novamente as imponderáveis e fatídicas tragédias. Mas o pior é que essa acomodação se dá muito mais frequente no sentido espiritual. Nos acomodamos com muita facilidade a uma vida de pecado e distante da vontade do Senhor. No corre corre da vida, já não há mais tempo para a oração e para a reflexão sobre o que Deus nos diz em Sua Palavra. Por isto a Bíblia nos alerta: “Desperta tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará. Portanto, vede como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus” (Ef 5.14-16).
Quando vem um temporal, cabe aos Bombeiros e aos trabalhadores da Defesa Civil alertarem a população, ainda que tarde da noite, com estas palavras: “Despertem, levantem-se urgentemente, porque vocês estão correndo perigo neste local!” Assim também, a Palavra de Deus nos exorta a fim de que nos despertemos e nos levantemos da situação de risco espiritual em que nos achamos acomodados; para agirmos como sábios, e não como ignorantes que desprezam o aviso divino. Nesse momento, precisamos não só nos mobilizar para ajudar os que estão sofrendo, mas também nos precaver, saindo da situação de risco espiritual, eterno, em que estivermos vivendo.
Conheço dezenas de pessoas destemidas, capacitadas cultural e espiritualmente, que se acham excluídos de suas igrejas, vivendo uma vida monótona e medíocre espiritualmente. Não creio que Deus nos tenha chamado para vivermos assim. Certamente Deus quer mais de nós e para nós, ainda aqui na terra, glorificando o Seu nome e abençoando muitas vidas carentes do amor e da misericórdia divina. Que tremendo potencial humano está sendo gasto (em todos os sentidos) com a finalidade de destruição dos outros e de si mesmos! Uma tragédia de proporção catastrófica para a nossa sociedade.
Tenho orado especialmente em favor desses obreiros valorosos, válidos, que estão de alguma forma imobilizados para a obra do Senhor, a fim de que Deus levante um grande exército de homens e mulheres, valorosos e destemidos, que se disponham a empreenderem uma grande semeadura da semente divina, em diversos lugares onde Deus os colocar. É certo que Ele, o Senhor, já está mobilizando milhares de adolescentes, jovens e adultos para esse glorioso empreendimento; todavia, ainda nos cumpre o sagrado dever e obediência ao Senhor de continuarmos orando nesse sentido. Ao servo não compete argumentar com seu Senhor. Ordem não se discute, cumpre-se. Ele nos mandou orar para que o Pai envie trabalhadores para a Sua seara, então oremos!
Em meio a tantas lágrimas e sofrimento do povo brasileiro, atentemos para o despertamento divino e clamemos ao Senhor por um avivamento espiritual de grandes proporções em nosso pátria. E que este despertamento espiritual comece a partir da minha e da sua própria vida, para a glória de Deus e para a nossa alegria. Portanto, desperta, ó tu que dormes!
Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
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